Quando Não Sabemos Para Onde Ir: O Vazio Entre Um Ciclo e Outro

Há momentos da vida em que simplesmente não sabemos para onde ir. Esse vazio, por mais desconfortável que pareça, também faz parte do caminho. Nem sempre é dor… às vezes é apenas silêncio. Uma pausa. Um intervalo entre quem fomos e quem estamos prestes a nos tornar.

E por mais desconfortável que seja, esse território do “não sei” também faz parte do caminho.

Vivemos em uma cultura que valoriza respostas rápidas, decisões firmes e objetivos muito bem definidos. Mas a verdade é que a vida real não funciona assim.

Existe um espaço interno — quase sempre evitado — onde tudo parece nebuloso:

• você não sabe qual é o próximo passo;

• sente que algo precisa mudar, mas não sabe o quê;

• percebe que o “antigo” já não serve, mas o “novo” ainda não chegou.

Isso nem sempre não é desorientação - Muitas vezes é movimento.

É o processo de reorganização interna que antecede qualquer virada significativa.

Em atendimento, é comum ouvir:

“Estou perdida.” “Não sei mais quem sou.” “Parece que nada me encaixa.”

E eu sempre pergunto: Perdida em relação a quê? Ou talvez… em transição para quê?

Porque a sensação de perder o chão, muitas vezes, é apenas o sinal de que sua consciência está se expandindo — e aquilo que antes bastava simplesmente não te comporta mais.

Mesmo quando parece vazio, esse lugar está gestando algo.

É na pausa que:

• novas percepções emergem,

• velhas dores finalmente encontram nome,

• desejos genuínos começam a ganhar forma,

• a intuição fica mais audível.

Este não é um momento para pressa. É um momento para presença.

Não saber para onde ir não significa estar andando para trás. Significa estar escutando.

E, aos poucos, quando o ruído diminui, algo sutil começa a se revelar:

Um incômodo que aponta necessidade de mudança. Um desejo antigo que pede espaço. Um limite que precisa ser honrado. Uma nova versão sua que está pedindo passagem.

Não porque alguém te disse. Não porque parecia lógico. Mas porque algo dentro de você vai responder:

“É por aqui.”

E esse “sim” interno é sempre mais verdadeiro que qualquer fórmula pronta. Se você está atravessando esse período em que sente que não sabe para onde ir, lembre-se: isso não define quem você é — apenas anuncia que algo novo está surgindo.

Se esse momento também é seu e você gostaria de acolher essas transições com mais consciência, estou por aqui... Entre em contato e daremos o próximo passo juntas!